6.3.09

Por um bom motivo, peguei um ônibus diferente esse dia, sabia que desceria a algumas quadras de casa, mas era justo.

Desci do ônibus quase em cima de um viaduto, na calçada havia um simpático vira latas, que meio confuso não sabia a quem seguir, se a mim ou a uma senhora gorda que também passava por ali. Logo a mulher me avisou que o cão estava com ela, apesar de não pertence-la.

Continuei meu caminho, enquanto a senhora pensava em como levar o cachorro pra casa. A garôa não me incomodava, em noites assim gosto de andar com os olhos bem abertos para ver as distorções nas luzes da cidade quando as gotículas de água caem nos meus olhos.
Estava bem distraído com isso, quando de repente, o cheiro das flores. É fácil esquecer que se esta andando em frente ao cemitério com todas aquelas flores.

Quase na metade do caminho, vi uma estrangeira pedindo informações sobre ônibus a um taxista, perguntei se ela precisava de ajuda, e indiquei o ponto certo onde ela devia pegar o ônibus. Apesar de cabreira com minha explicação, ela foi para o ponto que eu indiquei, e quando vi o ônibus passar por mim, olhei para trás e ela estava dando sinal.

Passei em uma lanchonete e pedi um sachê de sal, caminhei mais algumas quadras, apreciando a garôa e observando as pessoas, até chegar em casa, onde meu colchão me aguardava.


Moow
Diretamente de casa
Ouvindo as Obras Inacabadas da Prefeitura de São Paulo