14.12.05

Hoje, ouvindo música no ônibus,
as mesmas músicas de sempre.
Percebi que estou associando as músicas que eu gosto ao trabalho.
Faz algum tempo que não sentia as músicas como hoje no ônibus.
Olhando o movimento, o transito, as pessoas
e tocando aquela música bacana que só eu gosto.

Quando era pequeno,
minha tia chamava fone de ouvido de "maquininha de fazer louco".
Um primo, tinha um walkman, e um K7 do M.Jackson,
realmente era uma cena inusitada,
sentia vergonha pelos outros desde pequeno.

E hoje deve ter sido assim no ônibus.

Moow
Diretamente do Trabalho
Ouvindo Beck - "Broken Drum"

29.10.05

Alguém benze pé ai?

Preciso benzer meu pé esquerdo, faz trés semanas que ele não fica 100%, e acho que depois de quase um mes, todo arrebentado, ele nem voltará a ser como antes.

Começou assim, estava indo jantar, era uma noite de sábado friazinha, e estava garoando, eu atravessei a rua conversando e quando fui subir na calçada, pisei em falso, meu tenis (de TRACKING, confecionado parra fazer trilhas e não derrapar em pedras molhadas) escorregou, de uma forma meio bizarra. E pela Primeira vez na minha vida achei que tinha quebrado um osso... depois da queda em slow motion, fiquei ali, sentado um tempo, não queria que encostassem em mim, não podia nem falar, nem ao menos estava pensando, com o tempo essa sensação de alerta foi diminuindo, voltei a sentir meu corpo, as coisas pareciam estar se acertando, não concordei em voltar para casa porque sabia que lá não tinha nem gelo.
Fomos então jantar, no dia seguinte, se não me engano, fui a um médico, que tirou uma chapa e me deu um remédio e uma dispensa.
Nada tinha se quebrado, tinha uma semana de licença médica, mas meus chefes não entenderam direito, e acharam que estavam me fazendo um favor me permitindo trabalhar algumas horas a menos por dia.
E assim foi a semana que precedeu minhas ferias.
Viagei domingo, meio manco ainda mas tudo bem, ai na primeira excursão, ainda meio puxando o pé esquerdo, fui passar entre uma espreguiçadeira(coisa esquisita, sera que é assim que escreve?) e uma cadeira, tropecei com o mesmo pé ferido, na espreguiçadeira, acabando com meu dedo médio. Passei o resto da semana com muita dor, não tinha dinheiro para um médico, e a ideia de engessar meu pé no meio da viagem e/ou não fazer nenhum dos outros passeios não me agradava em nada. Comprei o mesmo remedio que tinha tomado na semana anterior e as coisas melhoraram um pouco, e a viagem prosseguiu.
De volta da viagem as coisas não foram muito faceis, descansei o que o meu corpo queria, mesmo, de verdade, acho que só uns dois dias, e houve muita dor.

Agora, que meu pé doia muito menos, meu dedão começou a doer. O motivo é o seguite, após umas três semanas pisando torto e errado por causa da dor, agora tenho uma unha encravada, que doi muito.

Moow
Diretamente do Trabalho
Ouvindo Jacques Dutronc - "Le Responsable"

16.9.05

Digno de pena.

Se não me engano isso era uma qualidade comprada em algum rpg.

Conheço pessoas que tem essa "qualidade", a um nivel realmente digno de pena, o mais triste, é como as pessoas caem muito facil nessa de coitadinho.

Não sou muito tolerante, sou bonzinho mas não sou troucha, se eu percebo que estão me cercando, se estão fazendo um esforço muito grande pra me agradar ou pra me distrair, eu ja desvio, não preciso disso.
Evito pessoas que gostam de confete, confeteiros passivos ou ativos.

Pessoas dignas de pena não serão realmente felizes nunca, não sabem distinguir bajulação de amizade. Sempre precisam de alguém elogiando, bajulando e correndo atraz. Quando não estão sendo bajuladas, estão bajulando alguém desesperadamente, na esperança única de serem retribuidas um dia, e serão.

Não estou cutucando ninguém em especial, foi só algo que passou na minha cabeça após ler umas coisas.

E tinha coisas tão boas para falar sobre a embalagem do meu gel de barbear!

Moow
Diretamente do Trabalho
Ouvindo Green Keepers - "Low And Sweet"

15.9.05

Provisoriamente Definitivo

Improviso demais, dizem por ai.
Durante anos meus cintos foram fios que uniam duas das alças de cinto de minhas calças, calças geralmente herdadas dos meus primos, no mínimo 2 números maiores que o meu, mas não ligava muito, por alguns motivos. Não gostava de comprar roupas, não tinha dinheiro para comprar roupas, e, como não tinha nenhum interesse em ampliar minha vida social, nem motivo para me vestir bem eu tinha. Típica fase relaxada, mas assim que possível, e necessário, com alguma ajuda externa eu sai dessa fase.

Durante, uns três anos, depois que fiação da minha cozinha queimou, a iluminação da cozinha passou a ser um abajur, daqueles altos. Isso não me incomodava, a cozinha era iluminada e tudo bem, um dia eu pretendia refazer toda a instalação elétrica da casa, e isso podia esperar. Um belo dia, descobri que isso que para mim era nada, era um grande incomodo para quem mora comigo, uma idéia foi dada para a solução do problema, mais uma vez uma solução provisória, mas que deixaria todos os lados contentes, e num fim de semana, em apenas três horas o problema foi solucionado.

Outro dia sai com meu irmão, e falamos muito da nossa família, e de todas as manias, inclusive essa de consertar as coisas.

É algo de criação, a vida do meu avô num deve ter sido muito fácil, assim como a do meu pai, e era uma época diferente, que as coisas eram feitas para durar, e eram muito caras para serem trocadas.

Meu pai me ensinou a tecer redes, a costurar livros que descolavam, a colar meus brinquedos quebrados, ou reaproveitar partes deles para fazer outros brinquedos.
E sempre, desde que eu me lembro, me dizia que um dia ele não estaria lá para me ajudar, logo era bom eu saber me virar.
E é o que eu faço, se precisar fazer qualquer coisa eu vou no mínimo tentar, ou pensar em uma solução, mesmo que provisória, até mesmo por que nada dura para sempre.

Aprendi a abrir, entender, consertar, improvisar, criar, com minha família, basicamente com meu pai, minha prima, meus irmãos. Quem disse que não é bom ser o caçula?

Moow
Diretamente do Trabalho
Ouvindo Smashing Pumpkins - "Landslide"

2.6.05

Gosto das tardes de outono.
As coisas acontecem devagar, o tempo eh diferente.
E oque falar do por do sol no outono?
Nuvens esguias e sinuosas, uma harmonia de cores em constante movimento, acompanhando o tempo do final da tarde.
Hoje, pude me deitar na lage, de barriga para cima, com os pés voltados para o Leste, inclinando a cabeça para traz e por cima de uma pedra, assistindo assim o por do sol de ponta cabeça.
Estive lá tempo o suficiente para o dourado levemente esverdeado passar por um azul acinzentado. ai olhei para cima e as nuvens estavam avermelhando, e foram avermelhando até perto do horizinte ai as cores foram se atenoanado e os pernilongos apareceram. Ai vim pra frente do computador.

Acho que quando sair da MB a coisa que mais vou sentir falta é das tardes de outono, vendo o por do sol na lage.

Moow
Diretamente do Trabalho
Ouvindo The Pillows - "Advice"

22.5.05

Faz uns dias, ao parafusar o armario do banheiro,
quebrei um espelho.
Bem, no dia seguinte meu apartamento se trancou com todas as copias da chave para o lado de dentro. Segundo o chaveiro tinha uma volta dada.
No outro dia, instalando um programama bem bobo no computador do trabalho causei um conflito gigante e nada funcionou. No dia seguinte apaguei umas coisas e o computador voltou dos mortos.
Na noite seguinte, voltando a pé do jantar, parado em um cruzamento, vi uma luz estranha rasgando o céu, como um sinal. Mas não levei mirra pra ninguém.
Hoje, estava indo almoçar e no caminho, havia uma rua fechada, tinha uma bomba a dois quartirões de casa.
Acho que preciso de férias.

Bom eu não ser supersticioso.

21.4.05

Não tem Newcastle na cidade.
Oque eu vou beber?
Erdinger?

Moow
Direto do Trabalho
Ouvindo Fiona Apple - "Across The Universe"

19.4.05

Dias atras, encontrei no orkut um amigo que eu num via a mais de uma decada.

Numa quarta eu encontrei o nome dele, na quinta ele me respondeu, no sabado estavamos numa mesa de bar pondo o assunto em dia.

E quanto assunto! Mais de uma decada sem contato, quase uma vida, cada um na sua estrada, e de repente uma colisão. Playlists parecidas, areas profissionais nem tanto.

Uma conversa longa cruzando informações antigas e rindo bastante.
Mudanças de assunto anciosas. Apos algumas horas, eu notei que nao houve muita mudanca, oque mudou foi circunstancial, escolas diferentes, cidades diferentes, amigos diferentes e no fundo as coisas ainda eram as mesmas.

Esse é o tipo de coisa que põe em xeque muitas das coisas que penso em relação a proximidades e distancias, amigos e conhecidos, colegas e irmaos; e destino.

Quem sabe mudar algumas prioridades, viver.

Moow - Direto do trabalho
Ouvindo "Body Movin" - Beastie Boys & Fatboy Slim

10.4.05

Outro dia assisti a um sonho.

Era algo assim.

Era uma casa grande e bonita, bem decorada e cheia de gente, devia cheirar a bolo no forno. em uma das salas havia uma movimentacao estranha, as pessoas se esticavam umas por cima das outras para tentar ver e ouvir uma conversa. A conversa era um casal falando com um senhor com a cara do jerar de pardier(ou algo assim). Depois fiquei sabendo que o jovem (do casal) pedia a mao da jovem (tb do casal) para o velho(parecido com o jerar).

-Senhor gostaria de pedir a mao da sua filha em casamento!
Fazendo uma careta o senhor olha para sua filha e depois para o pretencioso pretendente e diz.
-Lhe dou a mao de minha filha.- Olha novamente para a menina e termina - Mas primeiro vc tem que comer trinta quilos de creme de confeiteiro!
Uma senhora no fundo faz uma cara de assustada, ai rola um zoom out da sala.

Corta para uma casa grande mas mal conservada, quase em ruinas, e vem chegando o pretendente ao lado de uma senhora (a mesma assustada no fundo da sala), Eles passam pelos portões enferrujados, depois entram pela imponente e mal conservada entrada principal, e no próprio hall havia uma mesa e uma mulher muito grande com uma roupa cinza e um avental branco sujo, fora o chapelzinho de domestica. Ao lado da mesa uma enorme panela meio suja, cheia de creme de confeiteiro, com uma culher de pau muito grande dentro.

O rapaz se sentou na frente da mulher de avental e ela lhe ministrava doses cavalares de creme de confeiteiro com a colher de pau.

Após umas cinco colheradas ele pediu para dar uma voltinha para assentar o creme, e ao lado de ele e sua mãe davam voltas pela casa vomitando litros de creme de confeiteiro em jorros pelas grades enferrujadas na calçada, num traveling que só se pode ter em sonhos.

Ai o despertador tocou.