16.9.05

Digno de pena.

Se não me engano isso era uma qualidade comprada em algum rpg.

Conheço pessoas que tem essa "qualidade", a um nivel realmente digno de pena, o mais triste, é como as pessoas caem muito facil nessa de coitadinho.

Não sou muito tolerante, sou bonzinho mas não sou troucha, se eu percebo que estão me cercando, se estão fazendo um esforço muito grande pra me agradar ou pra me distrair, eu ja desvio, não preciso disso.
Evito pessoas que gostam de confete, confeteiros passivos ou ativos.

Pessoas dignas de pena não serão realmente felizes nunca, não sabem distinguir bajulação de amizade. Sempre precisam de alguém elogiando, bajulando e correndo atraz. Quando não estão sendo bajuladas, estão bajulando alguém desesperadamente, na esperança única de serem retribuidas um dia, e serão.

Não estou cutucando ninguém em especial, foi só algo que passou na minha cabeça após ler umas coisas.

E tinha coisas tão boas para falar sobre a embalagem do meu gel de barbear!

Moow
Diretamente do Trabalho
Ouvindo Green Keepers - "Low And Sweet"

15.9.05

Provisoriamente Definitivo

Improviso demais, dizem por ai.
Durante anos meus cintos foram fios que uniam duas das alças de cinto de minhas calças, calças geralmente herdadas dos meus primos, no mínimo 2 números maiores que o meu, mas não ligava muito, por alguns motivos. Não gostava de comprar roupas, não tinha dinheiro para comprar roupas, e, como não tinha nenhum interesse em ampliar minha vida social, nem motivo para me vestir bem eu tinha. Típica fase relaxada, mas assim que possível, e necessário, com alguma ajuda externa eu sai dessa fase.

Durante, uns três anos, depois que fiação da minha cozinha queimou, a iluminação da cozinha passou a ser um abajur, daqueles altos. Isso não me incomodava, a cozinha era iluminada e tudo bem, um dia eu pretendia refazer toda a instalação elétrica da casa, e isso podia esperar. Um belo dia, descobri que isso que para mim era nada, era um grande incomodo para quem mora comigo, uma idéia foi dada para a solução do problema, mais uma vez uma solução provisória, mas que deixaria todos os lados contentes, e num fim de semana, em apenas três horas o problema foi solucionado.

Outro dia sai com meu irmão, e falamos muito da nossa família, e de todas as manias, inclusive essa de consertar as coisas.

É algo de criação, a vida do meu avô num deve ter sido muito fácil, assim como a do meu pai, e era uma época diferente, que as coisas eram feitas para durar, e eram muito caras para serem trocadas.

Meu pai me ensinou a tecer redes, a costurar livros que descolavam, a colar meus brinquedos quebrados, ou reaproveitar partes deles para fazer outros brinquedos.
E sempre, desde que eu me lembro, me dizia que um dia ele não estaria lá para me ajudar, logo era bom eu saber me virar.
E é o que eu faço, se precisar fazer qualquer coisa eu vou no mínimo tentar, ou pensar em uma solução, mesmo que provisória, até mesmo por que nada dura para sempre.

Aprendi a abrir, entender, consertar, improvisar, criar, com minha família, basicamente com meu pai, minha prima, meus irmãos. Quem disse que não é bom ser o caçula?

Moow
Diretamente do Trabalho
Ouvindo Smashing Pumpkins - "Landslide"